Sobre a colaboração H&M com a Balmain* (Exclusividade?!!!)

Primeiro que tudo, admito que a mais recente parceria da H&M com a Balmain, foi para mim das mais bem sucedidas, as peças eram realmente bonitas, geniais e fiéis à marca. Sempre admirei este tipo de parcerias (até agora) e acho que trazem animação ao mundo da moda e glamour a uma loja de fast fashion, que tem sabido inovar ao longo dos tempos.

Se estava a pensar comprar alguma das peças? Não, até porque por motivos profissionais não me poderia deslocar hoje à loja e não adorei nenhuma peça, a ponto de a querer adquirir sem experimentar primeiro. Manias...

Se a colecção poderia ter um número infindável de peças, que permitisse ficar exposta na loja semanas a fio? Óbvio que não, senão deixaria de ter o valor que tem, perderia o interesse e desvalorizaria a marca em questão. Se acho mal que existam festas de lançamento? Óbvio que não.

Agora, o meu único problema prende-se com o facto de terem limitado ao máximo o acesso à colecção, por parte das pessoas "reais", das amantes da moda e dos verdadeiros clientes. 

Nos primeiros três minutos depois das 10 horas, quando consegui entrar no site, estavam já imensas peças esgotadas e algumas nem foram disponibilizadas online. Irrita-me o facto de terem criado um buzz gigante em volta de uma colecção que não se encontra disponível em quantidades mínimas sequer e que de acesso ao público tem muito pouco. Irrita-me o facto deste golpe de marketing, em que clientes H&M  só podem comprar uma peça em escassos minutos, quando pseudo famosos se pavoneiam com toda a colecção e nem estamos a falar de pessoas influentes no mundo da moda.

Sinceramente, achava mais plausível que fizessem uma colaboração destas e admitissem que só ia ser apresentada como uma colecção exclusiva a famosos, bloguers influentes e afins, com acesso apenas por convite/bilhete, qualquer coisa, sempre era tudo muito mais honesto. 

E acreditem que não me meto em maluquices e em filas para poder apanhar uma peça, nos três segundos que me são destinados. Notícias com filas gigantes à porta e lojas vazias imediatamente depois à abertura das portas, é isso que a marca quer, proclamando acesso a todos, quando cria de maneira explicíta, uma diferença brutal entre o comum mortal apaixonado por moda e o VIP.

Opiniões de comuns mortais desse lado, estou à vossa espera.